5 de jan. de 2012

Marina - Carlos Ruiz Zafón


Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões.

É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Oscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora.

Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Oscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos.
Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Oscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro.

Cheguei a conclusão que eu sou uma pessoa muito chata e muito louca na hora de escolher os meus livros e que também o critério de escolha dos livros é meio nebuloso até mesmo para mim. Digo isso por que o critério usado para comprar o livro Marina, EU ainda não entendi! É, eu sei, isso não é normal, talvez Freud explique...
Mas a verdade é que o livro a princípio não me chamou muita atenção, eu via o livro e sentia um certo desprezo, nem sei por que! Mas a capa era bonita e o livro estava de promoção, resolvi dar uma chance, li a sinopse e fiquei louca para ler. Dá para entender?? Não, não dá!
No final das contas, assim que o livro chegou, eu o devorei, eram apenas 180 páginas, e não sosseguei enquanto ele não terminou. E a sensação que tive é que a muito tempo não lia um livro tão bom!
Marina é um suspense narrado na primeira pessoa, álias, é uma lembrança. Tudo se desenrola pela paixão de Óscar Drai pela bela arquitetura de Barcelona, em uma de suas andanças, descobre um velho casarão, tomado por uma subta coragem, adentra o casarão e fica encantado com uma linda voz que vinha de dentro da casa, ele encontra um relógio quebrado e após tomar um susto sai correndo levando o relógio, e é aqui que começa a aventura que ira mudar a sua vida.
Eu amei o livro, Zafón me deixou hipnotizada com a forma que escrever. Nem demais, nem de menos, apenas na medida. Ele não se perde em descrição, só diz o que é necessario, nos enovela em várias tramas secundárias, e nada é o que parece ser. Uma trama com nuances noir.
Eu fiquei alguns meses só lendo clássicos da literatura, por que estava farta de ler os livros tão ruins que vinham sendo lançados, Crepúsculo trouxe consigo uma leva de péssimos livros, e os lançamentos que eu lia eram todos uma porcaria... No final das contas, desisti resolvi garimpar bem os meus livros. Amei ter dado uma chance a Marina. Zafón escreve de forma poetica, leve e envolvente. Você se sente ligado aos personagens.
Minha nota é 5, não apenas pela form bem amarrada que é a trama, mas pela forma poetica e sem buracos que Zafón escreve, ele é um encantador de almas...

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