4 de jan. de 2013

A casa das Orquídeas - Lucinda Riley

Uma antiga e bela a casa inglesa, amores impossíveis, deveres familiares e corações despedaçados são os elementos da trama criada por Lucinda Riley.
Nossa protagonista é a brilhante pianista Júlia Forreste,que após a perda de seu marido e filho em um desastre, entra em um lamentável (e ás vezes irritante) estado de torpor emocional. Sua vida perde o sentindo e seus dias transcorrem em uma monotonia emocional. Depois de meses nesse estado, sua vida começa mudar quando sua irmã a leva em um leilão que esta ocorrendo em Wharton Park, uma casa pela qual ela nutre um imenso carinho e onde reencontrar um velho conhecido, Kit Crawford, que irá trazer cores para sua vida.
Descobrimos que existe um segredo do passado quando um diário da época de segunda guerra é encontrado durante uma reforma em um dos chalés da propriedade; Então, somos transportados para a época do ocorrido e aqui conhecemos outra estória, a de Olívia, uma jovem que apaixona-se por Harry Crawford, o então herdeiro da Wharton Park. A Segunda Grande Guerra bate ás portas e diante de tal alvoroço e o medo que só uma guerra pode trazer, Harry e Olivia se casam. Após quatro anos de distância, por ter sido preso em uma emboscada durante a guerra, Harry é liberto e passa algumas semanas no Hotel Oriental para se recuperar antes de retornar para casa, é nesse ínterim que ele conhece e se apaixona por uma linda Tailandesa, Lídia. Dá para imaginar a dor e sofrimento que vem por ai né?
  • Opinião:
Achei o livro muito bom, quando vi o livro na livraria e li sua sinopse, foi amor a primeira vista. A casa das Orquídeas é delicado e deve ser devidamente apreciado. 
Sim, o livro tem seus clichês, mas como já ressaltei várias vezes, um livro pode ser infestado de clichês e ainda sim ser maravilhoso. E sim, A Casa das Orquídeas é um romance, quase histórico... É impossível não se encantar com esse drama.
O livro é claramente dividido em duas estórias, uma que se passa no tempo presente, sendo ela a principal. E outra que se passa no passado, mas que esta diretamente relacionada a que se passa no tempo presente. Não há muito o que se falar, só que Lucinda Riley escreve estonteantemente bem, sua escrita é leve e prazerosa e que teve bastante cuidado em pesquisar os fatos históricos para dar veracidade a sua trama. A ambientação e a escrita é tão boa que a sensação é de que você esta vivendo aquilo tudo, ela de fato consegue fazer com que entremos na trama. Apesar disso, não espere uma estória de amor super elaborada, é simples, mas terrivelmente convincente (isso é a fala de uma pessoa que detesta romances previsíveis e clichês!). Ah, espere algumas reviravoltas inesperadas!

  • Personagens:

O ponto negativo, na minha opinião, foi o protagonista Kit, ele é perfeito demais para meu gosto. Entenda, não que eu não acredite que exista homens como ele, mas sei lá, ele amava a Julia mesmo... De qualquer modo é impossível não amar o Kit logo de cara.
Quanto ao "protagonista do passado"  Harry, posso dizer que ele é um banana e me irrita sobre maneira. Eu até entendo o lado dele, mas ainda acho ele um banana, oh homem sem atitude, tanta dor e sofrimento é culpa dele. Agora, não achei o personagem mal criado, é só a personalidade dele é que me irrita mesmo, não faltou vontade de bater nele durante a leitura.
Já a Olívia, foi a que mais me encantou, apesar de não ter gostado dela de início, quando conheci sua história, me solidarizei. Acho que é a personagem mais forte e marcante.
Lídia também é fofa e muito forte, ela só foi mais uma das vítimas da personalidade vacilante do Harry.
Julia foi um bocado irritante, mas gostei dela e seu amadurecimento durante a trama é notável, precisamente na segunda parte da estória.
No fundo, no fundo, todos os protagonistas eram apenas coadjuvantes, o grande e verdadeiro protagonista era Wharton Park, como disse Lídia, é impossível competir com ela.

  • Sobre a Autora:

Fiquei admirada com o talento da Lucinda Riley, que apesar de alguns clichês em sua estória teve um jeito todo especial de escrevê-la. Ok, peguei no pé do clichê, exagerei um pouco, mas fiquei admirada com o que ela fez, poderia ser apenas mais um romance de banca e ela fez com que fosse uma coisa completamente diferente. Apesar de ter me sentido tão atraída pelo livro (pois, não sosseguei enquanto não o comprei), não esperava que a estória fosse tão boa, tão bem amarrada, nem tão gosta de se ler.

  • Nota:

Trama: 5,0
Personagens: 4,0
Escrita: 5,0
Leitura: 4,0                                               Quatro Estrelas e Meia
Média: 4,5                                                          Ótimo!

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